GD Chaves com pedido de insolvência

     

GD Chaves com pedido de insolvência

Dia 18 deste mês realiza-se nova assembleia-geral extraordinária de sócios, numa altura em que Mário Carneiro voltou a demonstrar a intenção de abandonar a gestão do clube, e os capitães do plantel sénior alertaram para salários em atraso e dificuldades dos jogadores. Entretanto, Sérgio Jorge, antigo jogador do Desportivo fez um pedido de insolvência do clube.
Clube vive momentos difíceis dentre e fora das quatro linhas
O antigo jogador do Chaves, Sérgio Jorge, emprestado ao clube pelo Vitória de Setúbal na época de 2002/2003 fez um pedido de insolvência do Grupo Desportivo de Chaves por dívida não paga ao jogador.
O jogador lesionou-se ao serviço do clube ficando impedido de jogar futebol, mas os dois clubes, Chaves e Setúbal, imputaram responsabilidades um ao outro e o caso foi resolvido pela justiça. Em dúvida estava o facto de o jogador estar ou não já lesionado quando chegou a Chaves.
Numa primeira instância, o clube flaviense foi absolvido, mas, mais tarde, acabou por ser condenado pelo Supremo Tribunal de Justiça ao pagamento de uma pensão vitalícia no valor de 483 mil euros.
No final da partida que resultou num empate a zero bolas entre o Chaves e o Pontassolense os três capitães do Grupo Desportivo de Chaves compareceram na sala de imprensa do Estádio Municipal de Chaves. Alertando para os salários em atraso, o plantel flaviense pede a ajuda da cidade para que o clube possa sobreviver.
“Estar aqui e só exigir dos jogadores e não compreender o que eles passam é demais” – Luís Miguel
“Costumo dizer que eu amanhã de certeza absoluta não acordo com 80 kg, porque as coisas não são de um dia para o outro, vão acontecendo”, reagiu assim à situação do clube Luís Miguel, treinador dos flavienses, reclamando que para que as coisas saiam bem, é preciso que o básico esteja bem.
“Para que as coisas corram bem, sabemos de antemão que é preciso o mais básico, que são os ordenados, a vida dos jogadores toda em dia, que é para eles poderem aguentar a pressão dos sócios, a pressão de querer ganhar. Mas agora há a pressão da família, a pressão dos filhos, a pressão das contas, a pressão dos bancos e isso são pressões, que destabilizam completamente a maneira de treinar de encarar o jogo. As pessoas não se lembram que isso é extremamente importante”, confessou o treinador.
Usando até uma alusão ao treinador José Mourinho, o técnico Luís Miguel explicou a importância que o psicológico tem. “Se Mourinho mandou um jogador para passar dois dias com a namorada, ele sabe que isso é importante para o jogador poder render, não estamos a falar de coisas que são essências à vida como aqui, que é o caso de comer. As pessoas quer queiram quer não isso tem influencia”, atirou, desabafando: “Às vezes estar aqui e só exigir dos jogadores e não compreender o que eles passam é demais”.
O grupo de trabalho merece assim uma atenção especial de Luís Miguel. “O espírito é bom, este grupo de trabalho é excelente e tem encarado as dificuldades de uma maneira maravilhosa”, contou. “Esta situação não se passou de um dia para o outro, é uma situação que se tem vindo a agravar e que está a tomar proporções que são insustentáveis e, por isso, o desabafo dos jogadores”, concluiu Luís Miguel.
Nova assembleia extraordinária é dia 18
Dia 18 de Janeiro, terça-feira, há nova assembleia-geral extraordinária de sócios e mais uma vez Mário Carneiro demonstrou a intenção de abandonar a gestão do clube. A assembleia tem como ponto único a análise do momento do clube e a resolução do problema directivo.

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